sexta-feira, 19 de julho de 2013

Eu precisava ouvir uma história de superação.

Petê Camargo emagreceu sem ajuda de remédios ou cirurgia, e hoje mantém um site com dicas e receitas saudáveis.



Comida sempre foi o assunto predileto de Petê Camargo. Quando garota, gordinha, não podia ir à uma festa que corria para a cozinha a fim de saber a receita deste ou daquele doce. Na pré-adolescência, no entanto, a faceta gulosa deixou de ser uma característica fofa e engraçadinha para começar a virar uma tormenta. "Era a fase em que as garotas estavam se arrumando, despertando para a sexualidaede e eu estava apenas engordando", conta ela, que viu o ponteiro da balança atingir 145kg aos 37 anos.

Antes e Depois - Petê (Foto: Arquivo Pessoal)
Antes disso, porém, ao ver a aparência gorducha no espelho, Petê tomou uma decisão. "Comecei a nadar todos os dias até me tornar atleta, federada em São Bernardo do Campo, onde morava", relembra ela, que competiu até os 19 anos, ano em que casou com o primeiro namorado: "Eu comia feito um touro, treinava quatro horas por dia e queimava tudo o que ingeria. Mas ao casar, a coisa degringolou".


Para se ter uma ideia, na lua de mel, Petê e o marido foram para o supermercado e comprarm todo o tipo de besteira que pudessem consumir. "Quando engravidei do meu primeiro filho, engordei 40kg. Eu comia o dia inteiro, não trabalhava, não fazia mais nada. Minha autoestima era abaixo de zero. Tive complicações por conta da pressão alta e foi um transtorno tentar emagrecer", confessa. Quando o bebê nasceu, Petê tentou toda a sorte de dietas e foi vítima do efeito sanfona. Conseguiu chegar aos 80kg, que para os 1,76m que tem não eram tão absurdos assim. Mas voltou a engordar, engravidou novamente e lá vieram mais 40kg. "Cheguei num ponto em que achava que já tinha filhos, era casada, havia construído uma vida e não precisava me preocupar em ficar fazendo regime", justifica.


Mas o filho mais velho morria de vergonha da aparência desleixada da mãe e pedia a ela que o deixasse longe da escola ou que não fosse às festinhas. Daí, Petê voltou a nadar. "Era assustador. Eu, com uns 135 kg, de maiô na piscina. As pessoas se assustavam, mas eu sabia nadar, então, a memória do corpo ainda existia", diz.

Antes e Depois - Petê (Foto: Arquivo Pessoal)

Petê, porém, passou a sentir-se muito cansada e descobriu que era portadora de Lupus Sistêmico, uma doença autoimune que pode levar à morte: "A ficha caiu. Ou eu mudava de vida ou morria". Após um longo tratamento para amenizar os sintomas e uma embolia pulmonar, Petê decidiu viver bem pelo resto da vida: "Cortei as guloseimas, fiz o que todo mundo sabe fazer para emagrecer. Reduzi a quantidade de comida e passei a me exercitar diariamente para queimar as calorias. É uma matemática simples, mas é dificílimo manter o resultado".

Antes e Depois - Petê (Foto: Arquivo Pessoal)

Foram quatro anos e meio até eliminar 76kg. Hoje, aos 46 anos, Petê chama a atenção pelas fotos de antes e depois. Sua história vitoriosa foi parar nas redes sociais, quando ela decidiu fazer um site incentivando outras pessoas a recuperarem o tempo perdido e aprenderem a ter uma relação de amizade com a comida e não de dependência. No "www.petecamargo.com.br" posta vídeos motivacionais e receitas light, e já tem mais de seis mil seguidoras fiéis, que se inspiram na força de vontade dela: "Chorei ao não poder comer o que gostava. Hoje, me orgulho de saber fazer as escolhas certas. Não fiz plásticas, minha pele ainda está meio caidinha, mas faz parte da minha transformação. Foi devagar e eficaz até que meu cérebro e meu corpo soubesem que, sim, eu agora seria uma mulher magra".

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Uma história de amor lutando contro o preconceito.

Às vezes nos locais mais improváveis surgem encontros que geram paixão, como um casal que se conheceu em uma clínica para tratar distúrbios alimentares, conforme Marie Claire falou anteriormente. Agora, um outro caso chama atenção: o de Katie Hill e Arin Andrews. À primeira vista, os dois têm tudo para ser mais um casal adolescente como qualquer outro. Exceto pelo fato de que ambos fizeram intervenções estéticas para mudar de sexo.

KATIE QUANDO AINDA ERA LUKE (À ESQUERDA) E APÓS A MUDANÇA (Foto: reprodução/facebook)

Katie, de 19 anos, nasceu como Luke e iniciou um tratamento hormonal para desenvolver seios naturais sem precisar de implantes de silicone. Um doador anônimo, comovido com a história, colaborou com 40 mil dólares para a mudança de sexo de Katie, como presente de aniversário de 18 anos, em 2012. “Mesmo quando tinha 3 anos de idade, eu sabia que, no fundo, eu queria ser uma menina. Tudo o que eu queria era brincar com bonecas. Eu odiava meu corpo de menino e nunca me senti bem nele”, disse Katie ao canal do Youtube Barcroft TV.


ARIN QUANDO AINDA ERA EMERALD E EM FOTO ATUAL (Foto: reprodução/facebook)

Arin, de 17 anos, nasceu como Emerald, menina que ganhou concursos de beleza e fazia balé. “Os professores separavam os meninos das meninas. Não entendia por que me colocaram entre as meninas”, disse ele na mesma entrevista. Arin falou também que sempre sonhou em pilotar motos, mas não podia pois diziam que era "coisa de menino. Foi uma tortura todos os dias”. Graças aos pais, ele conseguiu fazer a cirurgia de remoção dos seios e de mudança de sexo.

KATIE E ARIN (Foto: reprodução/youtube)

Os dois começaram a fazer terapia e se conheceram em um grupo de apoio aos transgêneros, em Oklahoma, nos Estados Unidos, e se apaixonaram. Arin disse ter ficado "chocado com a beleza de Katie e que achava bonita demais para ser transexual". Atualmente o casal concede entrevistas sobre a história para ajudar outros jovens que passam pela mesma situação, traumas e falta de apoio dos pais. Quanto aos dois, após o processo de difícil aceitação da família, hoje lidam bem e estão muito apaixonados. “Somos perfeitos um para o outro, porque sofremos os mesmos problemas”, concluiu Katie.